Por Eduardo Brunetto
A nova geração finalmente pode ir
ao cinema e se deparar com um bom filme do maior super-herói de todos os
tempos. “O Homem de Aço” não trata apenas de um filme de super-heróis, mas sim de todas
as questões sociais que este traria se realmente existisse, dando assim um
diferencial deste para os outros filmes do gênero. Essa visão foi adotada por
Christopher Nolan em Batman e agora produzido por ele e dirigido por Zack
Snyder o Super-Homem tem a sua chance.
Falando-se de roteiro, o longa é
bem claro quando assume que não quer dar preferencia a história do Super-Homem
como Clark Kent mas sim colo Kal-EL, mostrando assim vários flashbacks e de
certa forma uma rápida passagem por algumas experiências do adolescente
Samallville, sendo esses fatos decisivos para a construção do herói. Já tendo
em vista uma construção do vilão, o filme dá um grande foco a Krypton, nos
alegra com uma excelente participação de Russuell Crowe como Jor-EL e define
claramente os fatores que envolvem a vinda do Super-Homem para a Terra e os
objetivos do vilão Zod (Michael Shannon), mostrando os conflitos políticos de
Krypton e assim justificando as ações do personagem.
Já na Terra Kal-EL é mostrado como
um alienígena buscando um encaixe em uma sociedade diferente da sua, e buscando
também a sua razão de existir. Como contrapeso para essas decisões existem seus
2 país, de um lado Jor-EL que crê em Kal-EL como um salvador e que com seus
poderes ele pode mudar o mundo – detalhe importante que Kal-EL no filme tem 33
anos e é o salvador, isso te lembra de alguma coisa? – do outro Kevin Costner
como seu pai terráqueo que o alerta de sua importância e do abalo que ele pode
causar perante a humanidade que o temerá. Temos assim uma excelente construção filosófica
e moral que trás o Super-Homem para a nossa realidade. Não é tão fácil colocar
uma capa e ajudar todas as pessoas, elas têm que te aceitar e você deve estar
pronto para essa tarefa, e é isso que o filme nos mostra.
Em relação a atuação Henry Cavill,
o novo Super-Homem, se mostrou definitivo. Ele consegue passar a pressão e ao
mesmo tempo a bondade, típicas do personagem. Já Shannon como vilão leva um
grande mérito na sua atuação ao mesmo tempo desesperada e técnica.
Quem reclamava da falta de ação
nos outros filmes do herói, não pode reclamar disso agora. Mas pode reclamar de sua
repetição. Snyder sabe filmar bem as cenas de batalha e valoriza a interação
entre luta e ambiente, o que estava indo muito bem, até você se ver anestesiado
por uma repetição e falta de criatividade em relação aos movimentos
apresentados pelos personagens. Um ponto negativo que não estraga o filme, mas
incomoda.
Super-Homem é um filme realista,
que peca e agrada por este fator. Para dar explicações para tudo o filme
valoriza personagens como Jor-EL que mesmo depois da morte surge para
justificar atitudes de seu filho, ou Lois Lane a jornalista que se envolve
demais no filme para dar a humanidade uma face. Mas também o filme é bom
justamente por abordar de forma realista a presença de um super-herói entre
nós, e pode acreditar que seu lugar está mais que garantido.
Gostei da sua crítica, achei Lois Lane um pouco onipresente demais no filme, mas nada que atrapalhe o resultado final, quanto às cenas de ação...são fantásticas, se estão lá em demasia, é discutível, eu não me incomodei com elas, acho que foi pra compensar a falta de ação do Returns rsrsr. Abraço.
ResponderExcluirRealmente pensando no Returns as cenas de ação deste compensam KKKK. Ah cara, sei lá eu achei meio repetitivo por mais que fossem boas. Mas realmente é discutível, gostei bastante do filme também, valeu pelo comentário. Falou.
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