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domingo, 21 de julho de 2013

Cinema: O Homem de Aço - Crítica

Por Eduardo Brunetto

A nova geração finalmente pode ir ao cinema e se deparar com um bom filme do maior super-herói de todos os tempos. “O Homem de Aço” não trata apenas de um filme de super-heróis, mas sim de todas as questões sociais que este traria se realmente existisse, dando assim um diferencial deste para os outros filmes do gênero. Essa visão foi adotada por Christopher Nolan em Batman e agora produzido por ele e dirigido por Zack Snyder o Super-Homem tem a sua chance.
Falando-se de roteiro, o longa é bem claro quando assume que não quer dar preferencia a história do Super-Homem como Clark Kent mas sim colo Kal-EL, mostrando assim vários flashbacks e de certa forma uma rápida passagem por algumas experiências do adolescente Samallville, sendo esses fatos decisivos para a construção do herói. Já tendo em vista uma construção do vilão, o filme dá um grande foco a Krypton, nos alegra com uma excelente participação de Russuell Crowe como Jor-EL e define claramente os fatores que envolvem a vinda do Super-Homem para a Terra e os objetivos do vilão Zod (Michael Shannon), mostrando os conflitos políticos de Krypton e assim justificando as ações do personagem.
Já na Terra Kal-EL é mostrado como um alienígena buscando um encaixe em uma sociedade diferente da sua, e buscando também a sua razão de existir. Como contrapeso para essas decisões existem seus 2 país, de um lado Jor-EL que crê em Kal-EL como um salvador e que com seus poderes ele pode mudar o mundo – detalhe importante que Kal-EL no filme tem 33 anos e é o salvador, isso te lembra de alguma coisa? – do outro Kevin Costner como seu pai terráqueo que o alerta de sua importância e do abalo que ele pode causar perante a humanidade que o temerá. Temos assim uma excelente construção filosófica e moral que trás o Super-Homem para a nossa realidade. Não é tão fácil colocar uma capa e ajudar todas as pessoas, elas têm que te aceitar e você deve estar pronto para essa tarefa, e é isso que o filme nos mostra.
Em relação a atuação Henry Cavill, o novo Super-Homem, se mostrou definitivo. Ele consegue passar a pressão e ao mesmo tempo a bondade, típicas do personagem. Já Shannon como vilão leva um grande mérito na sua atuação ao mesmo tempo desesperada e técnica.
Quem reclamava da falta de ação nos outros filmes do herói, não pode reclamar disso agora. Mas pode reclamar de sua repetição. Snyder sabe filmar bem as cenas de batalha e valoriza a interação entre luta e ambiente, o que estava indo muito bem, até você se ver anestesiado por uma repetição e falta de criatividade em relação aos movimentos apresentados pelos personagens. Um ponto negativo que não estraga o filme, mas incomoda.

Super-Homem é um filme realista, que peca e agrada por este fator. Para dar explicações para tudo o filme valoriza personagens como Jor-EL que mesmo depois da morte surge para justificar atitudes de seu filho, ou Lois Lane a jornalista que se envolve demais no filme para dar a humanidade uma face. Mas também o filme é bom justamente por abordar de forma realista a presença de um super-herói entre nós, e pode acreditar que seu lugar está mais que garantido.

2 comentários:

  1. Gostei da sua crítica, achei Lois Lane um pouco onipresente demais no filme, mas nada que atrapalhe o resultado final, quanto às cenas de ação...são fantásticas, se estão lá em demasia, é discutível, eu não me incomodei com elas, acho que foi pra compensar a falta de ação do Returns rsrsr. Abraço.

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    1. Realmente pensando no Returns as cenas de ação deste compensam KKKK. Ah cara, sei lá eu achei meio repetitivo por mais que fossem boas. Mas realmente é discutível, gostei bastante do filme também, valeu pelo comentário. Falou.

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