Por Eduardo Brunetto (@DuBrunetto)
Parker se trata de um filme de
ação daqueles do tipo bem previsível e para piorar um pouco a situação, uma
trama de comédia romântica é “adicionada” ao roteiro. Tão previsível quanto,
porém quebrando a ação de Statham que era a única coisa que ajudava a engolir o filme.
Acompanhamos a história de um
mercenário politicamente correto que faz pequenos roubos, mantém um
relacionamento sério com uma moça que sabe da sua profissão e tenta nunca
machucar ninguém nos seus serviços, este é Parker ( Jason Statham). É justamente por
todo este seu senso de justiça que ele é traído pelo seu grupo e é deixado para
morrer em uma estrada qualquer. Porém, é claro que ele não morreu e a vingança
e tudo que passa pela sua cabeça.
Temos ai, como eu disse, uma
trama bem previsível, mas Statham faz um ótimo trabalho quando o assunto é pancadaria,
o que salva o filme. É então que a personagem de Jennifer Lopez é forçadamente encaixada
na história. A introdução de seu personagem é uma total quebra de sequencia, sem falar que o personagem em si é totalmente dispensável. O que se vê
aqui é uma tentativa frustrada de ampliar os horizontes do filme, entrelaçar
duas tramas que juntas formam um filme de ação e comédia. No final de tudo,
o que se vê é um filme sem um ritmo bem estabelecido pelo fato de ser
quebrado por um alívio cômico sem graça e desnecessário.
Taylor Hackford, que é de certa
forma estreante no ramo da ação, pareceu não saber que o segredo de um filme de
ação é, veja só, dar foco na ação. Parece óbvio, mas em Parker, da metade do
filme para frente ocorre toda uma introdução e desenvolvimento de um personagem
que só pelo fato de ter uma bunda bacana rouba o foco da boa pancadaria, que
até ali, até que estava indo bem.
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