Simplicidade. Essa é a palavra que resume
o longa O Palhaço, dirigido por Selton Mello, que também interpreta o
personagem principal: Benjamin - mais conhecido como Pangaré. Normalmente
espera-se uma história mais pesada e complexa, vinda da direção de uma das
principais influências do cinema brasileiro. Porém, o filme se mostra agradável
e simples de se assistir do começo ao fim.
O palhaço conta a história de
Benjamin/Pangaré, um artista circense que, não contentando-se em fazer a
plateia rir - mas ninguém fazer o mesmo por ele -, e administrar o circo e seus
problemas, decide seguir novos rumos. Porém, descobre que uma vida normal
também não é para ele.
O roteiro é sem rebusques e a fotografia impõe respeito, com tons pastéis que revelam o interior por onde o circo
"Esperança" e sua trupe vai passando. A atuação dos personagens
merece o maior destaque, e vai mostrando a cativante personalidade do povo do
sertão.
O filme mostra, de uma maneira harmoniosa,
que muitas vezes você é feliz e não sabe, com a constante busca do palhaço por
uma vida sob novos prismas. Com um elenco de peso - Paulo José e Moacir Franco
são bons exemplos -, muitas homenagens são dadas a grandes nomes do humor que o
país já teve.
Depois dessa trama (e de outras, como Quando
o tempo cair, de 2005 e Feliz Natal, de 2008), espera-se que Selton Mello
continue com outras ótimas direções como essa, e mostre que simplicidade também
é sinônimo de qualidade.
Muito boa crítica, o filme me fez pensar sobre a verdadeira felicidade.Concordo plenamente com os pontos que você abordou a respeito da simplicidade.
ResponderExcluirFaz um do filme A Queda - As Últimas Horas de Hitler
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