Por Eduardo Brunetto (@DuBrunetto)

A parte
folclórica do filme se dá pelo fato de toda essa realidade ser apresentada ao
espectador pelo olhar de uma criança. Hushpuppy (Quvenzhané Wallis). Uma
garotinha de seis anos que é criada pelo pai, Winky (Dwight Henry) da maneira
mais empírica possível. O pai tem um método educativo um tanto quanto questionável,
mas com boas intenções. Ele tenta prepará-la para o mundo, nem que se seja
assuntando-a e de certa forma exigindo um amadurecimento mais rápido que comum
para uma criança. Tudo isso se passa na “Banheira” um local pobre e devastado
pelo furação, onde a cada dia a água sobe e torna tudo mais difícil.
É
engraçado e incrivelmente imersivo acompanhar tudo isso sendo narrado e
vivenciado por Hushpuppy. Vendo a sua ingenuidade diante da sua relação
conturbada com o pai e da maneira de como tudo isso é absorvido por uma
criança. O que torna a pobreza chocante e a “fofura” de Hushpuppy contrastes
absurdos e gritantes. Exatamente o que pretendia o diretor Benh Zeitlin.

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