Por Eduardo Brunetto
Um filme que usa a crise econômica de 2008 como fundo para
estabelecer um enredo da máfia de Boston. É isso o que Andrew Dominik faz de “O
Homem da máfia” ( Killing them softly) um paralelo entre um “caso” do crime
organizado com uma crítica social e política.
Dentro da
máfia de jogos de apostas de Boston, ocorre um assalto a uma das mesas de jogos
da cidade, o que, é claro, é inaceitável. Para resolver o problema e pegar os
tais assaltantes, Jackie (Brad Pitt) é contratado.
Com
constantes discursos de alguns presidentes que ficam no fundo passando em rádios
ou TVs e diálogos a respeito disso o filme traça sua conectividade com a crise
e estabelece sua crítica. Ou pelas constantes vezes que a falta dinheiro e o
medo de perdê-lo são citados. Há também um clima de abandono por toda a cidade,
com uma câmera distante acompanhando a caminhada de um dos personagens se nota
a falta de pessoas e o cenário pesado e escuro, muitas vezes chuvoso como se a
crise fosse um apocalipse. Ao mostrar esses aspectos Dominik foi muito
competente e fica bem clara a ligação do filme e das atitudes dos personagens
com a atual situação enfrentada pela América.
O ponto
fraco do filme se torna seus diálogos muitas vezes amarrados que tentam, novamente,
dar ênfase na crítica social do filme e acabam se tornando enrolados e nem
ajudam na trama ou na crítica. Manter apenas os cenários pesados e os discursos
do rádio já eram suficientes para entender como a crise influenciaria no filme e entender o objetivo do diretor, mas sua constante ênfase torna-se cansativa.
O filme
também conta com pouca ação, mas quando ela aparece é bem feita. Brad Pitt com
seu cargo de “resolvedor de problemas” atrai a atenção do espectador. E sua
forma de resolvê-los ainda mais. Pitt consegue dar consistência ao seu
personagem e dá um ar maior de “máfia” a produção.
Existem
melhores filmes sobre máfia, e existem melhores filmes sobre política. O Homem
da máfia não cumpre nenhum dos papéis com esplendor, mas possui uma conclusão
interessante e, apesar de enrolada, uma trama agradável sem buracos ou falta
de densidade apenas mais amarrada do que ela merece.
nao vi esse filme, pela a critica parece ser bem parado...
ResponderExcluirRealmente cara, é bem parado, mas é um bom filme e tem toda uma questão social por trás, então até que vale a pena assistir
Excluirassisti ontem, a atuação do Brad Pitt tenta salvar um enredo que segura pouco a atenção,o filme acaba sendo uma crítica pouco impactante
ResponderExcluir